Salto parasitário viral: risco de epidemias

Nós vimos em sala de aula que salto parasitário se estabelece quando uma cepa viral passa, por mutação, a ter capacidade de parasitar outro tipo de célula ou outra espécie que antes não o fazia. Isso ocorre porque vírus são parasitas extremamente específicos e só realizam a acoplagem e inoculação do vírion em um determinado padrão celular (salvo mutações).
Seguem duas interessantes e assustadoras reportagens, extraídas a pouco da Folha de São Paulo, que demonstram casos do salto parasitário.

continua em:

http://professoraugustomw.blogspot.com/2008/02/epidemias-de-gripe-aviria-um-caso-de.html

Professor,
Você disse em aula também que um aidético pode ser parasitado por vírus que não agridem a espécie humana devido aotrabalho dos linfócitos. Seria possível um indivíduo aidético ser parasitado por um vírus da hepatite F e com isso o vírus receber uma mutação, ou salto parasitário, e atacar a espécie humana?

Oi Danilo;

Em primeiro lugar, fico feliz pela sua primeira postagem
Bom, só corrigindo, a hepatite F é muito rara e causada por um padrão fungíco e, portanto, não virótico.
No caso de fungos não acredito em saltos parasitários já que se trata de seres bem mais complexos e com uma taxa mutagênica bem menor que vírus, principamente os RNA vírus.

Grande abraço

AC

só por curiosidade:
por mais improvável que seja, o salto parasitário pode acontecer com qualquer espécie em qualquer circunstância não é?
ele é apenas improvável e possui uma chance quase nula de acontecer, mas sempre pode acontecer, não?

A priori, por definição, qualquer espécie pode sofrer mutação. Assim, qualquer parasita poderia se modificar ao longo das gerações e adquirir capacidade para parasitar outros tipos de hospedeiro.
No entanto, parasitas muito complexos geneticamente teriam uma chance muito menor de realizar salto parasitário em relação a parasitas simples como os vírus.

Valeu!!!